quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Os Sofrimentos do Jovem Werther

A obra prima de Goethe foi um marco na história da literatura, mais especificamente do romantismo.
Através das cartar de Werther a seu amigo consegue-se refletir sobre as dores da alma humana quando apaixonada, mas não apenas de sofrimentos é feita a obra, os momentos iniciais são regados de uma descrição incrível dos detalhes da natureza, danças, características das crianças.
Aproveite a primavera para desfrutar dessas páginas tão belas!!


Boa leitura a todos!




segunda-feira, 10 de setembro de 2012

05 sugestões de leitura

Deixe o quarto como está
Quando Amílcar Bettega venceu o Prêmio Portugal Telecom de 2005 com Os lados do círculo (2004) todos aqui no Sul ficaram pasmos. Não porque o nosso conterrâneo não merecesse, pelo contrário. Mas é que Deixe o quarto como está (2002), publicado antes mas escrito depois, é ainda melhor e merece ser recuperado pelos novos leitores de Amílcar.

Haicais de mãe e filha (Alice e Estrela Ruiz) 
O haicai é a cara do verão, não é mesmo? Leitura leve, rápida e muitas vezes profunda, reflexiva. Pois os livros dessas duas moças, mãe e filha, a consagrada Alice Ruiz (Yuuka) e a estreante Estrela Ruiz Leminski (Cupido: Cuspido, Escarrado), são boa pedida para começar o ano. Publicados pela “Ame o Poema” em 2003, elas seguem uma linha menos ortodoxa do haicai e conseguem renovar um gênero aparentemente sem muitas alternativas. Só aparentemente.

Lolita
Nada mais verão que Lolita (1955). Aquelas viagens por estradas intermináveis de um lobo mau moderno transportando sua Chapeuzinho ninfeta. Não que Lolita ainda cause escândalo ou excite alguém (na Era da internet e dos canais à cabo isso seria difícil), mas acima de tudo Lolita é a reflexão inteligente sobre a própria vida, o amor, as expectativas, pois Nabokov, russo vivendo na América, deixa de lado o tom discursivo para narrar uma história repleta de ações e conflitos, uma história sem heróis ou vilões, uma crônica de costumes do american way of life de cinqüenta anos atrás.

Mario Quintana 
Você ouvirá falar muito em Mario Quintana em 2006, pois será comemorado o centenário de nascimento do poeta do cotidiano, das coisas simples, ainda assim profundo e de técnica exuberante. Falecido em 1994, Mario ainda hoje é presença garantida nas agendas de fim de ano ou nos diários juvenis por belas frases, chamadas quintanares, que publicou ao longo da carreira. E por isso a sugestão de livro do Mario é o Caderno H (1973) que, conforme ele mesmo, se chamava assim, porque era feito na última hora, na hora “H”.

Sonho de uma noite de verão 
Shakespeare tem que aparecer em qualquer lista sobre literatura. Então, se você conhece apenas suas tragédias profundas, como Hamlet, Rei Lear e Romeu e Julieta, vai se surpreender com este leve Sonho de uma noite de verão, uma história de amor com final feliz que se passa na Grécia antiga. Aliás, eis um bom presente para o namorado ou a namorada.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Clarice Lispector: - A palavra é o meu domínio sobre o mundo!

Quando surgiu com o livro Perto do Coração Selvagem – seu primeiro romance, pelo qual recebeu o Prêmio Graça Aranha -, Clarice Lispector foi comparada a escritores como James Joyce e Virginia Woolf, os quais ela ainda não havia lido. Tinha apenas 17 anos e já revolucionava a literatura brasileira da época, com um estilo narrativo próprio, usando muitas aliterações, metáforas e o monólogo interior, próprio de um tipo de literatura introspectivo e intimista.

“Uma vida completa pode acabar numa identificação tão absoluta com o não-eu que não haverá mais um eu para morrer”, escreveu na epígrafe de A paixão segundo G. H. A escritora, que se considerava interiormente brasileira, afirmou que, com a língua brasileira, expressou as palavras de amor e seus pensamentos mais íntimos. Sua prosa tem muitas características poéticas e forte relação com a análise do inconsciente.

Natural de Tchetchelnik, na Ucrânia, nasceu em 10 de dezembro de 1920. Chegou ao Brasil aos 2 meses, onde a família, de origem judia, fixou-se em Recife (PE) e, depois, no Rio de Janeiro (1937), cidade em que Clarice foi professora particular de Português e, posteriormente, redatora da Agência Nacional, onde se aproximou de muitos jornalistas e escritores influentes da época. Com 23 anos, casou-se com Maury Gurgel Valente, que depois se tornaria diplomata – o que fez o casal viver muitos anos fora do Brasil -, com quem ficou por 15 anos e teve 2 filhos.

Durante a infância, leu contos infantis que, segundo ela, soltavam-lhe a imaginação. Um de seus livros sagrados era Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Adolescente, impressionou-se ao ler José de Alencar, Eça de Queiróz, Graciliano Ramos, Machado de Assis, Mário de Andrade, Rachel de Queiroz, Julien Green, Herman Hesse, Dostoievski e Katherine Mansfield.

Além de ser uma das maiores romancistas e cronistas da literatura brasileira, com reconhecimento internacional e muito prêmios, Clarice também foi uma ativa jornalista, tendo sido colunista, durante vários anos; trabalhou para publicações como os jornais Correio da Manhã, Diário da Noite, O Comício, Jornal do Brasil, e para as revistas Manchete e Fatos & Fotos (nesta, como entrevistadora), entre outras.

Morreu em 1977, de câncer, um dia antes de completar seu 57º aniversário.

Obras:

Romance
Perto do coração selvagem (1944)
O lustre (1946)
A cidade sitiada (1949)
A maçã no escuro (1961)
A paixão segundo G. H. (1964)
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres (1969)
Água viva (1973)
A hora da estrela (1977).
Conto
Alguns contos (1952)
Laços de família (1960)
A legião estrangeira (1964)
Felicidade clandestina (1971)
A imitação da rosa (1973)
A via crucis do corpo (1974)
Onde estivestes de noite (1974).
Literatura infantil
O mistério do coelho pensante (1967)
A mulher que matou os peixes (1968)
A vida íntima de Laura (1974)
Quase de verdade (1978)
Crônicas e entrevistas
Visão do esplendor (1975)
De corpo inteiro (1975).
Obras póstumas
Para não esquecer — crônica (1978);
Um sopro de vida (pulsações) — romance (1978);
A bela e a fera (1979) — reunião de contos inéditos escritos em épocas diferentes;
A descoberta do mundo (1984) — seleção de crônicas publicadas em jornal entre agosto de 1967 e dezembro de 1973;
Como nasceram as estrelas (1987) — contos infantis;
Cartas perto do coração (2001) — cartas trocadas com Fernando Sabino;
Correspondências (2002);
Aprendendo a viver (2004) — seleção de crônicas publicadas em jornal entre agosto de 1967 e dezembro de 1973;
Outros escritos (2005) — reunião de textos de natureza diversa; Correio feminino (2006) — reunião de textos publicados em suplementos femininos de jornais, nas décadas de 1950 e 1960;
Entrevistas (2007) — seleção de entrevistas realizadas nas décadas de 1960 e 1970;
Minhas queridas (2007) — correspondências;
Só para mulheres (2008) — reunião de textos publicados em suplementos femininos de jornais, nas décadas de 1950 e 1960.

Fonte: http://www.klickeducacao.com.br/conteudo/pagina/0,6313,POR-3043-,00.html