segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Fogo Morto - José Lins do Rego


O título  do livro "Fogo Morto", de José Lins do Rego, não nos dá nenhuma sugestão ao tentarmos, em um primeiro momento, imaginar do que se trata a história. 
O enredo, retratando a decadência dos engenhos de cana-de-açúcar e, consequentemente, da sociedade que girava entorno desta atividade econômica, vai construindo-se de um modo no qual alteram-se os próprios protagonistas, na busca de uma mudança do próprio meio destes.
Escrito em uma linguagem regional "Fogo Morto" traz a variação linguística das diferentes camadas sociais, seja a partir do Mestre José Amaro, do Coronel Lula ou do Capitão Vitorino.
Passado num cenário de doenças, misérias, política e sobretudo "politicagem", o livro proporciona ao leitor conhecer a sua própria história.
 

Por: Gabriel Fischer

As histórias das mil e uma noites

Xariar, um poderosíssimo rei persa, era um homem amargurado pelo adultério que sofrera, por isso acreditava que todas as mulheres eram falsas e indignas de confiança, merecedoras da morte. Assim, como forma de materializar sua vingança, casava-se com todas as mulheres que lhe aprouvessem, e após a noite de núpcias ordenava ao carrasco que lhes tirassem a vida. Todavia, sabendo das atrocidades que ocorriam, a filha mais velha do carrasco, Xerazad, ofereceu sua mão ao Sultão, na tentativa de dar um basta às vitimizações de Xariar. Porém, Xerazad suplicou que sua irmã mais nova, Dinarzad, acompanhasse Xerazad na noite de núpcias. Entretanto, o que Xariar não sabia era o acordo tácito entre as duas irmãs: ao se despedirem Dinarzad implorava à irmã que lhe contasse uma história. Estratégia essa que perdurou por mil e uma noites, em virtude da curiosidade do rei, pois Xerazad nunca contava o final das histórias, deixando para a próxima noite.

Boa leitura!

Por: Vanessa de Wallau




PIBIDIANOS DO CURSO LETRAS, ATUANTES NO COLÉGIO JOÃO PAULO II, REALIZAM ENTREGA E SOCIALIZAÇÃO DE HQs, PRODUZIDAS POR ALUNOS DA ESCOLA. 
No dia 30 de novembro de 2017, quinta-feira, o Colégio João Paulo se encheu de novas historinhas. O trabalho foi desenvolvido pelo grupo de pibianos do curso de Letras que atuam na escola, Pamela Tais Clein, Marina Maria Conchy Rodriguês, Aline Goetems Gripa, Eliaquim Luca, Gabrieli Tillwits, Mauro Maciel Simões e pela professora supervisora do projeto Rosangela Scopel. A proposta de atividade partiu da coordenação institucional do Pibid e foi levada a cabo com o auxílio de um programa digital chamado Pixton. Num primeiro momento os pibidianos foram até a escola para conhecer a turma, em seguida voltara com a proposta de, a partir de contos clássicos da Literatura Universal, recriar essas histórias no formato de Histórias em Quadrinhos. A oficina foi aplicada a alunos do sétimo ano C, vespertino, e segundo a pibidiana Aline Gripa, “nesse processo procuramos colocar o aluno no papel de protagonista de todo o trabalho de construção das historinhas, eles que mexeram no programa, criaram o roteiro, os cenários [...]”. Após a conclusão da adaptação das histórias na escola, os pibidianos foram até o Laboratório Interdisciplinar de Formação Docente (LIFE) para fazer o processo de finalização dos livrinhos e a impressão. Retornaram na última quinta-feira (30) para junto com a professora supervisora fazer a entrega e socialização dos materiais com os alunos. Após uma leitura coletiva de todas as HQs, cada aluno ganhou um livrinho para levar à sua casa. A biblioteca da escola também foi contemplada com cinco exemplares. Para o grupo, poder desenvolver essa atividade propiciou um imenso aprendizado não somente para os alunos da escola, como para eles também, como professores em formação, como profissionais e como seres humanos, “Vivenciar todo o processo de elaboração das HQs com vcs, reforça o entusiasmo em ser supervisora e professora.” Finalizou Rosangela Scopel, professora da turma e supervisora do Pibid na escola.


Por: Mauro Maciel Simões

Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley


Por: Andrielly Pagnoncelli


Através do livro "Admirável Mundo Novo", Huxley foi capaz de apresentar diversas críticas à época em que foi escrito, bem como prever algumas coisas que aconteceriam no futuro. 
O livro se passa em uma sociedade distópica, em que é regida através do lema "Comunidade, Identidade, Estabilidade", e, inclusive, traz críticas a forma de vida das pessoas "É preferível o sacrifício de um à corrupção de muitos" (HUXLEY, p. 32).

domingo, 10 de dezembro de 2017

A Metamorfose - Franz Kafka

  A Metamorfose é uma obra de ficção literária, escrita por Franz Kafka e publicada pela primeira vez em 1915.  A Metamorfose conta a história de Gregor Samsa, personagem principal da obra, que abandonou todos os seus sonhos para trabalhar e sustentar sua família e pagar as dívidas desta. Porém, ao acordar em uma certa manhã, por maiores que fossem seus esforços, Gregor viu-se impossibilitado de levantar da cama. Ele olhou para suas mãos e seu para seu corpo e percebeu que havia ocorrido algo extraordinário naquela manhã: Gregor havia se transformado em um inseto gigante. Mas o que mais deixou Gregor apavorado foi a chegada do chefe do trabalho em sua casa cobrando satisfações da sua falta ao trabalho naquele dia à sua família. Gregor sabia que sua família dependia desse emprego para sobreviver, no entanto ele não podia se apresentar ao chefe e ir trabalhar na situação em que se encontrava. O que aconteceu com Gregor Samsa? Leia e descubra.                                                                                                                                                                           Boa Leitura!


Por: Gilberto C. Gesser.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Capitães da Areia - Jorge Amado

Capitães da Areia é uma das obras que marcou a literatura brasileira, escrito em 1937, por Jorge Amado, a qual retrata a violência e a temida sociedade da época, retratada como convencional e discriminatória. Uma trama envolvente que postula de fatos violentos por meio de meninos marginalizados e abandonados. Uma obra carregada de denúncias sociais, que trata da sexualidade como uma tentativa de exposição ao corpo e a adolescência. Trata da infância como um amadurecimento necessário e precoce, demonstrado a partir dos pensamentos ingênuos e comuns.

Por: Gabrieli Tais Tillwitz

As aventuras de Ngunga - Artur Pestana (Pepetela)


O leitor não precisa conhecer a história da independência da Angola para sentir-se tocado pelo trajeto do menino Ngunga, no entanto, caso se contextualize, essa narração desenvolvida pelo escritor Artur Pestana, conhecido como “Pepetela”, poderá lhe encher o coração com um sentimento chamado “Revolução”, objetivo inicial desta produção, ainda que o ledor não conheça na íntegra, o que seja isso. Escrito em 1972, este livro conta a história de um jovem guerrilheiro e suas peripécias pelo interior de Angola, onde cada viagem gera uma profunda reflexão acerca dos desígnios de liberdade.


O Quinze de Rachel de Queiroz

Rachel de Queiroz no seu primeiro romance, “O Quinze”, publicado em 1930, leva os leitores a região nordeste do país, em meados de 1915. O romance trás a trajetória de Chico Bento e sua família na empreendida fuga da seca, de Conceição, a professora que auxilia os refugiados no campo de concentração de Fortaleza, de Vicente, um fazendeiro que teimosamente luta para salvar seus animais, e outras histórias que vão mudando seu percurso devido à seca.

A tenda dos milagres - Jorge Amado


A tenda dos milagres- Jorge Amado

Resultado de imagem para A tenda dos milagres- Jorge AmadoO romance narrado através da prosa, do renomado escritor Jorge Amado, aborda questões sociais que conseguem se manter atuais, apesar de ser publicado em 1968. Seu modo de escrita apresenta grande maturidade ficcionista, e proporciona efeitos saborosos e inquietadores durante a leitura.
A narrativa conta a história das aventuras de Pedro Arcanjo, nascido em 18 de dezembro de 1868, funcionário da Faculdade de Medicina da Bahia, que se torna estudioso sobre seu povo. O personagem procurava defender a cultura e os costumes populares, bem como combater e lutar por questões raciais e de miscigenação étnicos-racial.
Ótima sugestão para (re)conhecer a pluralidade cultural do Brasil.

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá - George Amado

George Amado escreveu a história do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá em 1948, em Paris, como um presente para seu filho João Jorge, em seu primeiro aniversário, sem intuito inicial de publicação. A obra, designada pelo autor como "fábula", ficou guardada em meio aos pertences do filho e só veio ao conhecimento de João em 1976, que após lê-la procurou o artista plástico Carybé para que este ilustrasse as folhas, que por fim, foram publicadas. O livro retrata uma história de amor impossível vivenciada por dois seres de distintas espécies, um gato e uma andorinha, no decorrer das quatro estações de um ano. E entre atrasos em apagar as estrelas por ficar escutando histórias contadas pelo vento, revela-se a história dos dois seres com ares de amor impossível. Uma emocionante narrativa que não se restringe à literatura infantil, vai muito além, constituindo-se como uma prosa dotada de poesia.

SUOR - Jorge Amado.

SUOR - Jorge Amado

Resultado de imagem para livro suorO livro Suor do autor Jorge Amado nos leva a uma leitura surpreendente e marcante. Cheio de detalhes “crus”, este livro  nos leva a um passeio ao pelourinho, na Bahia. Mostra a realidade de um aglomerado de pessoas que viviam em  um sobrado sujo e fétido, onde as pessoas dividem lugar com a sujeira e animais asquerosos. É uma leitura muito interessante, com muitos personagens que guardam características próprias. A miséria é tratada de maneira muito  expressiva entre os personagens, que são prostitutas, operários, lavadeiras entre muitos outros.


Por: Aline Goettems Gripa




O Mundo de Sofia - Jostein Gaarder


Por: Amanda Tonetto


O Mundo de Sofia, de 1952, conta a história de Sofia Amundsen, uma garota norueguesa de apenas 14 anos. Próximo a data do seu aniversário, ela passa a receber algumas cartas de um desconhecido. Essas cartas são, sobretudo, lições sobre a filosofia. Ao descobrir que um senhor chamado Alberto Knox é quem lhe mandava, ele passa a ser seu professor, ensinando vários tópicos e vários autores, como: Aristóteles, Marx, Darwin e muitos outros.
Porém, o mistério gira em cerca de correspondências provenientes do Líbano que Sofia começa a receber, endereçadas para Hilde Knag. Aparentemente Sofia não tem nada a ver com a história, mas, lendo a carta, Sofia sempre é citada como sendo intermediária das correspondências. A medida que os dias vão passando, as mensagens endereçadas a Hilde vão ficando mais misteriosas e mais complexas.
O Mundo de Sofia é, portanto, um mergulho à filosofia e também ao mistério e a fantasia.



sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

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Livro - Extraorinario (R. J. Palacio)
Por: Eliaquim Lucca

De título original em inglês “Wonder”, o livro de R. J. Palacio, retrata a história de Auggie, um menino que nasceu com uma síndrome genética, cuja manifestação se dá no rosto. Diante do padrão de normalidade imposto e aceito pela sociedade, Auggie é alguém diferente, estranho, um “extraordinário” que, por sua vez, luta para encontrar seu lugar no mundo. A narrativa se estabelece no narrador contar o dia a dia do menino que enfrenta diversas expressões de preconceito e exclusão. O ponto principal da história, além de contar o dia a dia, é a interação entre Auggie e seus colegas de escola e de como as estruturas de preconceito ao não normal podem ser vencidas, tudo isto ponderado com muita sensibilidade e leveza. Extraordinário, portanto é um livro simples e fácil, mas que nos leva a reflexões muito importantes sobre sociedade, inclusão e educação.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

O Primo Basílio de Eça de Queiroz

Por Pamela Tais Clein


O Primo Basílio de Eça de Queiroz é um romance que conta a história de um casal – Luisa
e Jorge. Jorge viaja por motivos profissionais e na sua ausência Luisa é inesperadamente surpreendida pela visita de Basílio, seu primo e amigo de infância. Ela é seduzida por Basílio e acaba caindo no adultério. Luisa tinha uma criada, Juliana, que descobre o segredo dos dois amantes através de uma carta, a partir disso eles são chantageados na troca do silêncio por uma quantia exorbitante de dinheiro. Basílio entediado regressa para França. Com o retorno de Jorge, a situação complicou-se ainda mais, a esposa adúltera, na tentativa de solucionar o problema, consegue tirar a carta das mãos da criada, que assustada, sofre um ataque cardíaco e morre. Basílio na França, recebe uma carta de Luisa a pedir-lhe dinheiro, depois de muito tempo ele responde e esta carta cai nas mãos de Jorge [...].

                                                            

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

3, 2, 1 GRAVANDO: Alunos do Col. João Paulo II de Realeza, juntamente com o PIBID Letras, realizam mostra de vídeo-poemas na abertura do I Cine Negro, promovido pelas licenciaturas da FAMPER

As alunas Franciane Gabriele da Silva, Nicole Alves e Gabriele de Almeida Nunes, após a exibição dos Vídeos-poemas relataram sobre a importância de trabalhos em sala de aula com a temática Negritude que valorize a identidade negra e em contrapartida a conscientização dos discurso preconceituosos e racistas presentes no ambiente escolar.
Por Marina Maria Conchy Rodrigues
FOTOS - Mauro Maciel Simões

No dia 20 de novembro, segunda-feira, os alunos dos 9º anos “A” e “B” do Colégio João Paulo II foram convidados para realizar a abertura do I Cine Negro no dia Consciência Negra 2017. O evento foi promovido pela FAMPER, Faculdade de Ampére, pelos cursos das licenciaturas.
Os alunos realizaram a exibição de dois vídeos-poemas, produtos resultantes de oficinas realizadas pelo PIBID de Letras no Colégio João Paulo, sob a supervisão da professora Rosângela Scopel. Segundo a supervisora “sensibilizar e protagonizar a própria voz dos alunos, faz com que começem a ser sujeitos do ensino e aprendizado”.

Professor supervisora Rosângela Scopel apresentando os Vídeos-poemas e os alunos que acompanharam, descrevendo as atividades desenvolvidas pelo PIBID/Letras no Colegio Estadual Joao Paulo II em Realeza.
As oficinas tiveram início em junho deste ano, ao todo foram 54 horas/aulas de observação, planejamento, aplicação e edição do material recolhido. As oficinas foram ministradas pelas acadêmicas de Letras e bolsistas do PIBID: Aline Goettems Gripa, Gabrieli Tais Tillwitz e Marina Maria Conchy Rodrigues.
O trabalho como um todo, teve como objetivo trabalhar a criticidades dos alunos diante as realidades em que estão inserido, por meio de uma avaliação diagnóstica, o grupo de PIBIDIanas observou discursos e atos racista presente em ambas as salas de aula. Foi optado, então, por trabalhar com os conceitos de Negritude e Branquitude, trazendo a educação e a cultura, a qual desvaloriza a negra e supervaloriza a do colonizador, contemplando também as questões da mulher negra, promovendo ambientes reflexivos sobre suas realidades por meio das modalidades textuais.
Por meio do gênero canção, a música foi inserida dentro das salas de aula com intuito de promover os debates acerca das temáticas, as músicas levadas para a sala de aula foram: Carne Negra da intérprete Elza Soares, do rap Mulheres Negras da cantora contemporânea Izalu e o hip-hop Falsa Abolição do grupo de artistas Tarja Preta.
Após as leituras visuais e auditivas, os alunos realizaram atividades que estimularam a leitura perceptiva dos textos, realizando debates construtivos sobre o Eurocentrismo, Machismo, e por fim a Negritude contrapondo com o embranquecimento cultural e educacional brasileiro.
Os vídeos-poemas são (re)leituras particulares de cada estudante acerca de suas compreensões sobre as canções e o que foi abordado em sala. O 9º ano “A” realizou a adaptação da canção Mulheres Negras de Izalu e o 9º ano “B” adaptou a canção Falsa abolição de Tarja Preta. Os vídeos-poemas serão postados futuramente no canal do Youtube do PIBID/Letras e divulgado para toda a comunidade.

Segue o link das músicas trabalhadas em sala de aula:
Carne Negra - Elza Soares [https://www.youtube.com/watch?v=bI94kr5yWx0 ]

Falsa Abolição - Tarja Preta [ https://www.youtube.com/watch?v=MB2LQlWVWKU ]

A Moça Tecelã. Marina Colassante.


A Moça Tecelã

O livro narra a história de uma jovem que tecia todas as suas vontades. Sempre que sentia fome, sono, tristeza, ela tecia algo e logo se sentia bem. Certa vez, se sentindo muito sozinha, resolveu tecer um marido, quando percebeu o rapaz já estava entrando porta adentro. Desde então a moça começou a perder sua autonomia de tecer suas vontades e passou a tecer apenas as vontades do marido. Um dia, cansada de apenas tecer as vontades do homem, resolveu destece-lo, quando ele acordou já estava sem os pés, a moça voltou a tecer no horizonte tudo o que tinha vontade de fazer e comer.

Por Mauro Maciel

segunda-feira, 3 de julho de 2017

O Eu feminino na literatura portuguesa pela voz de Florbela Espanca - “Livro de Sonetos”


Por Marina Maria Conchy Rodrigues
Considerando os paradoxos que permeia a vida e obra da autora portuguesa Florbela D’Alma Conceição Espanca (1894-1930). Nesta leitura é possível identificar aspecto de sua identidade como autora mulher do início do século XX. Questionando-se até que ponto sua vida pessoal interferiu em sua vida literária. Florbela é considerada como um agente singular do campo literário de sua época, confrontando uma sociedade literária dominadora masculina. Destacando-se em sua condição de mulher inserida em um campo que se teciam relações de lógicas masculinas, considerada também como um agente singular que entrecruzam múltiplas dimensões.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis

Memórias Póstumas  de Brás Cubas              -   Machado de Assis


Resultado de imagem para memórias postumasCom a narração em primeira pessoa, a história é contada partindo de um relato do narrador-observador e protagonista, que conduz o leitor tendo em vista sua visão de mundo, seus sentimentos e o que pensa da vida. Dessa maneira, as memórias de Brás Cubas nos permitirão ter acesso aos bastidores da sociedade carioca do século XIX.
Publicado em 1881, o livro aborda as experiências de um filho abastado da elite brasileira deste século, Brás Cubas. Começa pela sua morte, descreve a cena do enterro, dos delírios antes de morrer, até retornar a sua infância, quando a narrativa segue de forma mais ou menos linear – interrompida apenas por comentários digressivos do narrador.

Ao criar um narrador que resolve contar sua vida depois de morto, Machado de Assis muda radicalmente o panorama da literatura brasileira, além de expor de forma irônica os privilégios da elite da época.

Grande Sertão Veredas - Guimarães Rosa

Grande Sertão Veredas -                 Guimarães Rosa
Resultado de imagem para grande sertão veredasO romance "Grande Sertão: Veredas" é considerado uma das mais significativas obras da literatura brasileira. Publicada em 1956, inicialmente chama atenção por sua dimensão – mais de 600 páginas – e pela ausência de capítulos. Guimarães Rosa fundiu nesse romance  com elementos do experimentalismo linguístico da primeira fase do modernismo e a temática regionalista da segunda fase do movimento, para criar uma obra única e inovadora.

Durante a primeira parte da obra, o narrador em primeira pessoa, Riobaldo, faz um relato de fatos diversos e aparentemente desconexos entre si, que versam sobre suas inquietações sobre a vida. Os temas giram em torno das clássicas questões filosóficas ocidentais, tais como a origem do homem, reflexões sobre a vida, o bem e o mal, deus e o diabo. Porém, Riobaldo não consegue organizar suas ideias e expressa-las de modo satisfatório, o que gera um relato bastante caótico. Até que em certo ponto aparece Quelemén de Góis, que o ajuda em parte, e Riobaldo dá início à narrativa propriamente dita.

Memórias de um Sargento de Milícias - Manuel Antônio de Almeida


Por: Amanda Tonetto


Originalmente publicado em folhetim, o romance possui capítulos curtos e, até certos momentos, independentes. Narra a história do herói não convencional Leonardo, que foi abandonado tanto pelo pai quanto pela mãe, mas acaba sendo cuidado pelo padrinho. Ao longo do romance acontecem várias reviravoltas e somos apresentados a figura do malandro, algo muito pouco popular entre os romances do período do romantismo.
Leonardo é coroinha na igreja e seu padrinho sonha que ele siga a carreira, mas ele é um menino travesso e acaba sendo expulso. Encontra o amor em Luisinha, menina feia - muito diferente as descrições românticas de mulher idealizada - mas aparece a figura de José Manuel, um homem mais velho que apenas está interessado nos bens herdados pela menina.
Venha conhecer o universo do romance Memórias de um sargento de Milícias!

A Moreninha - Joaquim Manuel de Macedo


Por: Viviane Betiol


O romance A Moreninha conta a história de amor entre Augusto e D. Carolina (a moreninha). Tudo começa quando Augusto, Leopoldo e Fabrício são convidados por Filipe para passar o feriado de Sant'Ana na casa de sua avó. Como Augusto, era um inconstante, Filipe faz uma aposta com ele: se este voltasse da ilha sem ter se apaixonado verdadeiramente por uma das meninas, Filipe escreveria um romance por ter perdido a aposta. Caso se apaixonasse, Augusto é quem deveria escrevê-lo. Mas, na ilha Augusto conhece Carolina (a moreninha), irmã de Filipe, e entre os dois passa a acontecer os desenlaces do amor, com um final revelador. A Moreninha mais que um romance é um retrato da sociedade burguesa do século XIX, viaje até ela e descubra como era.

Carolina - Casimiro de Abreu


Por: Joice Locatelli Ribas


Carolina é uma obra de Casimiro de Abreu. Um romance historicamente inserido na segunda geração do romantismo, o ultrarromantismo, e que se encaixa perfeitamente como exemplo para descrever as características deste, que são o pessimismo, egocentrismo irritado e atração pela morte.
Carolina relata a vida de uma jovem solteira que engravida e envereda na prostituição. Tudo ocorre entre o fim da década de 1840 e a a década de 1850. Retrata claramente uma época de conservadorismo e com tabus sexuais.
  Portanto, além de ser uma excelente leitura para retratar os tabus da época, ainda é uma ótima opção para exemplificar o ultrarromantismo e analisar as principais características, inseridas na obra.

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Crime e Castigo - Fiódor Dostoiévski

Por: Patrícia Silva de Oliveira



Uma das obras mais célebres da literatura universal, Crime e Castigo é a essência mais fina da escrita de Fiódor Dostoiévski. Publicada em meados do século XIX, no ano de 1866, o livro apresenta a história do jovem Raskólnikov, um desafortunado ex-estudante que vive em meio a uma miserável realidade de pobreza extrema, que vagueia pelas ruas da cidade de São Petersburgo, antiga capital da Rússia, até cometer uma série de crimes, os quais ele buscará justificar com base em uma teoria de cunho próprio acerca do crime e do castigo: grandes homens, grandes personalidades do passado, como César e Napoleão, foram assassinos que vitimaram milhares em prol de um bem maior e a despeito disso foram absolvidos pela história. Nessa trama envolvente, Dostoiévski nos insere em dimensões extremamente profundas da psiquê humana, nos proporcionando mergulhar junto à personagem principal nas entranhas indagadoras da mente, mensurando e contrapondo as esferas de valor, julgamento e culpa, que compilam uma atmosfera de empatia e intrigantes reflexões acerca da natureza dos atos criminosos e dos juízos de valorativos que se atribuem a tais atos.   

Macunaíma - Mário de Andrade

Por: Jéssica Letícia Klee Rodoy


Macunaíma, a obra mais representativa de Mário de Andrade, é um dos primeiros romances do modernismo brasileiro – primeira geração modernista – que apresentam um caráter revolucionário no que tange aos aspectos formais ou temáticos, com linguagem dotada de neologismos e da fala popular. Esta obra é o primeiro romance que pratica os objetivos do Movimento Antropófago, criado por Oswald de Andrade.
Macunaíma é um romance ou novela com o subtítulo “o herói sem nenhum caráter”. Mário de Andrade tentou representar no anti-herói um ataque às desvirtudes nacionais e aprofundou nos defeitos que via no homem brasileiro. Esta obra traz misturas entre o fantástico, o mitológico, o lendário, o histórico e as crenças populares, reelaborando-as através de uma linguagem conforme as perspectivas da geração desbravadora de 1922, abrasileirando a língua, usando neologismos, populismos e regionalismos.
Macunaíma nasceu numa tribo, localizada na selva amazônica, onde viveu por toda a sua infância. Tem dois irmãos, Maanape e Jiguê. Macunaíma tem vários defeitos que o diferem dos demais meninos: mentiroso, traidor, preguiçoso, adora falar palavrões.
Na juventude, apaixona-se pela índia Ci, a Mãe do Mato, sendo este seu único amor, que lhe deu um filho, um menino que morre de forma prematura. Com isso, desiludida, Ci decide morrer e por meio de um cipó ela sobre aos céus, transformando-se em uma estrela, entretanto, antes ela deixa para Macunaíma o seu amuleto da sorte, a pedra muiraquitã. Macunaíma perde esse amuleto e descobre que ele foi levado por Venceslau Pietro Pietra, o gigante Piaimã, que morava em São Paulo. Então, o índio e seus irmãos resolvem recuperar a pedra. Portanto, sabiam que teriam que enfrentar o gigante, comedor de gente.
Chegando em São Paulo, Macunaíma vivencia diversas aventuras na tentativa de recuperar o amuleto. Em seguida, percorre várias regiões do Brasil, enfrentando outras aventuras, até o retorno de Piaimã, que o convida para uma macarronada, intencionado em comer Macunaíma. Porém, o herói mata o gigante e recupera a sua pedra. Macunaíma e seus irmãos decidem retornar à Uraricoera, mas, ao chegar, não encontram sua tribo. Os irmãos de Macunaíma morrem no caminho devido à vingança do herói, que enfrenta os dias solitários até que um papagaio aparece e escuta toda a sua história.
O herói resolve nadar em um lago para se refrescar e é seduzido pela mãe-d’água Iara, que o despedaça. Ao sair das águas, sem várias de suas partes, Macunaíma consegue se colar; porém, não consegue encontrar uma perna. Sem ter mais o que fazer na terra, sobe ao céu e vira a constelação da Ursa-Maior. A história foi repassada a Mário de Andrade para ele a escrevesse através dos relatos do papagaio, conhecer de toda a história.



Fonte: Guia do Estudante - Abril

Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco



Amor de Perdição, é uma novela passional, inspirada em suas desventuras e casos amorosos complicados, contando com a referência de Shakespeare e com o romance impossível dentre Simão um jovem rebelde e Teresa, jovem de 14 anos submissa ao pai, a trama tem muitos acontecimentos e conflitos a cerca do amor de ambos.

Por: Gabrieli Tais Tillwitz 

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Perdão, Leonard Peacock

Por Eliaquim Lucca
Perdão, Leonard Peacock - Matthew Quick


O livro de Matthew Quick relata a história de Leonard, um garoto que, no dia de seu aniversário de dezoito anos, decide matar um colega de escola e se suicidar. Suas motivações são muitas, no entanto, de primeiro plano, só sabemos do objetivo de Leonard, e não o que o está levando a cometer este ato. No decorrer da história, Quick nos apresenta vários porquês, contrapondo as expectativas e perspectivas de vida do personagem principal. Entre outros trunfos, a trama mergulha no universo do ensino médio que pra alguns pode ser extremamente cruel, doloroso e humilhante, conseguindo promover a reflexão sobre o assunto, sensibilizando o leitor. Perdão, Leonard Peacock, apesar de contar com um clima pouco amigável, é um livro que chama a atenção pela leveza com que a história é contada e pelos momentos de humor, quase sempre mascarados por uma sensação de sonho, como nas conversas com o vizinho idoso. Contando com um ritmo gostoso, uma boa condução entre presente passado e futuro e personagens muito bem construídos, embarcamos na tensão de descobrir se realmente Leonard põe fim em suas dores da maneira que planejava ou se ele decide dar uma chance à vida.