Grande Sertão Veredas - Guimarães Rosa
O romance "Grande Sertão: Veredas" é considerado
uma das mais significativas obras da literatura brasileira. Publicada em 1956,
inicialmente chama atenção por sua dimensão – mais de 600 páginas – e pela
ausência de capítulos. Guimarães Rosa fundiu nesse romance com elementos do experimentalismo linguístico
da primeira fase do modernismo e a temática regionalista da segunda fase do
movimento, para criar uma obra única e inovadora.
Durante a primeira parte da obra, o narrador em primeira
pessoa, Riobaldo, faz um relato de fatos diversos e aparentemente desconexos
entre si, que versam sobre suas inquietações sobre a vida. Os temas giram em
torno das clássicas questões filosóficas ocidentais, tais como a origem do
homem, reflexões sobre a vida, o bem e o mal, deus e o diabo. Porém, Riobaldo
não consegue organizar suas ideias e expressa-las de modo satisfatório, o que
gera um relato bastante caótico. Até que em certo ponto aparece Quelemén de
Góis, que o ajuda em parte, e Riobaldo dá início à narrativa propriamente dita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário