quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O Cavalo Transparente - Sylvia Orthof

Por Ana Paula Ghizzo Alves (PIBID Letras/UFFS)



É uma obra Literatura infantil que conta a história de Carmelita que perdeu seu vidrinho, onde guardava toda a tristeza do mundo. Com a ajuda de Montaria e seu cavalo transparente, andaram sobre as ondas do mar, passaram pela Gruta dos Ecos, falaram com a ilha deserta e viveram inúmeros mistérios até descobrirem que quem havia roubado o vidrinho jogou o conteúdo no mar, espalhando toda a tristeza pelo mundo afora e deixando a água com gosto de lágrima.

A Bolsa Amarela, de Lygia Bojunga

Por Lucimare de Souza (Letras/UFFS).

A Bolsa Amarela é uma história que entra em diversas camadas, mostrando como a imaginação, vontades e realidade podem se misturar e criar algo lindo! Ao decorrer percebemos que ''vontades se tornam algo material e palpável para Raquel, a protagonista do livro. Além desse sentimento, todas as histórias e sua imaginação existem. Tudo isso junto com uma família bem chata que dentro de casa menospreza a garota, mas na frente de uma tia rica, a tia Brunilda, tratam a garotinha super bem.
O livro traz muita crítica em suas entrelinhas, algo imperceptível aos olhos de uma criança, mas quando lido por um adulto, fica claramente explicito a indignação por uma sociedade machista, onde o homem pode tudo desde pequeno, e a mulher sempre olhada como frágil e pode-se dizer incapaz.  Além de todo esse olhar crítico sobre uma obra infanto-juvenil, vemos a acomodação da família e a inveja que paira sobre a tia rica. Sempre esperam algo que venha dela, sem pensar em conseguir pelo suor do trabalho.
Raquel é uma menina muito esperta e cheia de imaginação, algo que foge à regra da família, por isso, sempre é deixada de lado.
Mergulhem nessa história, com um olhar crítico e diferenciado de quanto se tinha 11 anos de idade, e descubra as maravilhas que essa obra tem aos olhos de ''gente grande''.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A Vida em Tons de Cinza - Ruta Sepetys



Por Elisandra Maria Moreira (PIBID Letras/UFFS)





A vida em tons de cinza conta a história de um povo que perdeu tudo, menos a dignidade, a esperança e o amor. Lina Vilkas é uma lituana de 15 anos cheia de sonhos. Dotada de um incrível talento artístico, ela se prepara para estudar artes na capital. No entanto, a noite de 14 de junho de 1941 muda para sempre seus planos.
Por toda a região do Báltico, a polícia secreta soviética está invadindo casas e deportando pessoas. Junto com a mãe e o irmão de 10 anos, Lina é jogada num trem, em condições desumanas, e levada para um Gulag, na Sibéria. Lá, os deportados sofrem maus-tratos e trabalham arduamente para garantir uma ração ínfima de pão. Nada mais lhes resta, exceto o apoio mútuo e a esperança.

"Cada respiração fazia minha garganta arder. O sol não apareceu. A noite polar havia começado. A luz pintava a paisagem deslocada em tons de azul e cinza."

E é isso que faz com que Lina insista em sua arte, usando seus desenhos para enviar mensagens codificadas ao pai, preso pelos soviéticos. Ruta Sepetys, a autora, nos revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias.

Para Estônia, Letônia e Lituânia, essa foi uma guerra feita de crenças. Esses três pequenos países nos ensinaram que a arma mais poderosa que existe é o amor, seja por um amigo, por uma nação, por Deus ou até mesmo pelo inimigo. Somente o amor é capaz de revelar a natureza realmente milagrosa do espírito humano.

Sobre a Autora:

Nascida e criada em Michigan, nos Estados Unidos, em uma família de artistas, leitores e amantes da música. Ruta Sepetys é filha de um lituano refugiado. A Vida em Tons de Cinza, seu primeiro romance, inspirado pela história de sua própria família foi publicado em 40 países. Ruta pôde dar voz às centenas de milhares de pessoas que, de alguma forma, foram atingidas pelo genocídio perpetrado por Stalin.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A Culpa é das estrelas - John Green

Por Tatiane Cristina Führ (UFFS-Letras)



 A obra do americano John Green retrata com “certa” fidelidade como é a vida de um ser humano com câncer, em especial neste caso a vivência de um adolescente com a doença, este no auge de sua juventude, com ânsia de buscar novas experiências, novos caminhos e de viver novas realidades. Ao final da leitura, o texto subjetivamente questiona o leitor sobre como ele está aproveitando sua vida e sua saúde, mostra o quanto a vida tem valor e que cada minuto de nossa existência é importante, ainda mais nos dias atuais, onde todos estão extremamente preocupados em organizar seu tempo e esquece-se de sua vida, e de que ela pode acabar a qualquer momento. O ser humano esquece muitas vezes o quanto a vida e frágil e pode ser encerada facilmente, acredito que seja essa a reflexão que Green tenta colocar em “A Culpa é das Estrelas”.
 Falando um pouco sobre a história, Hazel é uma adolescente de 16 anos que convive com um câncer de pulmão.   A adolescente frequenta um grupo de apoio para jovens com câncer, mas se mantém alheia as pessoas, ela acredita que tendo um “prazo de vida”, ela não tem motivos para fazer novas amizades, pois quer diminuir ao máximo o número de pessoas que possam sofrer quando ela partir.
A história muda quando ela conhece Augustus, um jovem de 17 anos, ex-jogador de basquete que teve uma das pernas amputadas por causa do Osteosarcoma, ele acredita acima de tudo na vida é bem humorado, ele não deixa que ninguém o julgue ou sinta pena dele pelo que aconteceu, é o ponto de apoio dos amigos e está sempre disposto a melhorar o dia dos outros. Juntos, eles se apaixonam e tentam aproveitar o máximo de cada dia que passam juntos, afinal, eles podem ser escassos.


A árvore que dava dinheiro - Domingos Pellegrini


Por Gilberto C. Gesser. (UFFS/Letras)

“A árvore que dava dinheiro” é um livro do gênero literário novela, escrito por Domingos Pellegrini, foi lançado em 1981 e desde então é um grande sucesso. Pellegrini usa de um enredo que cativa, pois o livro é de uma linguagem simples e extremamente gostosa de se ler.
O autor Domingos Pellegrini nasceu em 1949 na cidade de Londrina e cresceu ouvindo “causos” dos mascates; comerciantes; colonos etc. que passavam pela barbearia de seu pai. E é daí que Pellegrini encontrou inspiração para escrever seus livros com um estilo de como se estivesse contando a estória pessoalmente, o que realmente torna a leitura bem mais atraente até mesmo para aquele leitor mais “esquivo”. Pois vai envolvendo-o de mansinho sem exigir grande esforço de interpretação, tornando-se uma leitura agradável e fluente.

O livro já começa com o clássico “Era uma vez...”:

Era uma vez em Felicidade um velho tão unha-de-fome que andava uma semana com o chinelo esquerdo, pé direito com sapato — para ninguém dizer que ele era pobre. Depois andava outra semana com o chinelo direito, o pé esquerdo com sapato: chinelo é mais barato e, assim, os sapatos duravam anos. Até que um dia ele morreu, sem desconfiar que aquela dor nas costas era de andar com um pé mais alto que o outro.

De modo que o enredo vai envolvendo o leitor página a página, a novela conta uma característica do ser humano, a ganância, no centro da praça de Felicidade, que é uma cidade pacata onde se passa toda a trama, nasce uma árvore que vai crescendo sem que ninguém se dê conta, até que um dia ela começa a produzir, não manga ou laranja, mas dinheiro, imaginem só! É ai que começa um grande alvoroço das pessoas pela cidade toda, pois quem não iria querer ter uma árvore que dá dinheiro? E assim a novela prossegue, instigante. Tenho certeza que quem ler vai apreciar e recomendar também. Boa leitura!


Felicidade Clandestina - Clarice Lispector



Por Ramunielly Bonatti  (UFFS/ Letras)



Este livro reúne diversos textos de Clarice Lispector que foram escritos em diversas fases da vida da autora. Os textos reunidos nessa obra podem mais facilmente serem classificados como “contos”, mas como Clarice não se prendia a convenções de gêneros, todo o conjunto reunido em Felicidade Clandestina migra de gênero em gênero, ora aproximando-se do conto, ora aproximando-se da crônica, ou por vezes sendo quase um ensaio. 
O livro reúne 25 textos que tratam de diversos temas, tais como a infância, a adolescência, a família, o amor e questões da alma. Clarice busca através de seus contos fazer uma investigação psicológica de autoanálise.
Assim como a crônica que dá título ao livro, muitos dos textos apresentam algo autobiográfico, resgatando recordações de sua infância.


Ótima leitura!