sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

A sombra do vento - Carlos Ruiz Zafón

      É um romance que trata sobre o próprio romance. 
     Daniel Sempere, ainda menino, é apresentado a uma grande biblioteca de livros esquecidos, no qual deverá escolher um para levar para casa e ler. O livro escolhido é ‘a sombra do vento’, o qual o leva a investigar a vida do misterioso escritor Julian Carax, que descobre ser cheia de enigmas, até mesmo sua morte não ficou esclarecida.
     Daniel descobre que todos os livros escritos por Julian Carax foram roubados e queimados, fato que ninguém havia conseguido descobrir o motivo, e que apenas um exemplar de cada um de seus livros foi guardado nessa biblioteca.
     No decorrer da leitura do livro, Daniel percebe que alguém passa a segui-lo, um ser misterioso, com o rosto deformado e vestido dos pés à cabeça de preto.
     Além de aventuras, esse romance aborda questões como o medo, o amor, a solidão, entre outros. É o primeiro de uma trilogia chamada “O cemitério dos livros esquecidos” do escritor espanhol Carlos Ruiz Zafón.
Ótima leitura!!!

Por Lucieli Dalcanalle

A verdade das mentiras

     Mario Vargas Llosa trata em seu livro sobre a ficção como arte de dizer a verdade, nem que para isso seja preciso mentir - mesmo que seja um pouco.  
    O autor analisa as mais extraordinárias obras literárias do século 20, como "O Coração das Trevas", de Joseph Conrad, "Morte em Veneza", de Thomas Mann, e "Lolita", de Vladimir Nabokov, entre outras. Os textos abordam os grandes temas tratados pelos autores - a loucura e a morte, o amor e a perversão, o sexo e a guerra, a civilização e a barbárie - de maneira clara, instigante e sedutora. 
     O autor considera que através da literatura pode- se entender e viver a vida de forma mais clara.

Por Nadiane Laiz Lotici

O mundo de fora - Jorge Franco

     Isolda vive fechada num castelo tão estranho quanto fascinante, e tão distante da cidade de Medellín, onde está construído, como os seus concidadãos do resto do mundo. Essa atmosfera onírica oprime a adolescente, que encontra no bosque, para onde foge à noite, a única trégua para a sua solidão.
     No entanto, as ameaças do mundo de fora espreitam, silenciosas e invisíveis, por entre os ramos das árvores.
     Dentro e fora do castelo, o amor, esse monstro indomável, revela-se como uma obsessão que conduz à alienação, que desperta desejos de vingança e que parece ter como única saída possível a aceitação da morte.
     Um romance sobre o amor e a morte, de grande poesia e minúcia na brilhante manipulação da tensão narrativa, com raízes na tradição folclórica dos contos de fadas. Contado com uma sensualidade visual quase cinematográfica, transporta-nos para um outro mundo, esse mundo de fora, tão sedutor e tão maligno.


Por Nadiane Laiz Lotici

Reinações de Narizinho - Monteiro Lobato

http://espaconarizinho.blogspot.com.br/p/revista-de-curiosidades.html. 
        O livro Reinações de Narizinho, escrito em 1931 por Monteiro Lobato, é considerado um clássico da literatura infanto-juvenil. 
Essa obra faz parte do Sítio do Picapau Amarelo, em que são contadas as várias histórias de aventuras vivenciadas pela turma do sítio. A maioria dessas peripécias se passa no Sítio, mas em outros momentos as personagens aventuram-se em outros lugares como, por exemplo, no Reino das Águas Claras. Uma passagem que marca esse espaço é quando a boneca Emília começa a falar, pois recebe uma pílula do Doutor Caramujo.
    Em outra passagem, Narizinho encontra-se com Carochinha, no Reino das Águas Claras, e acaba por discutir com ela, porque Dona Carochinha chama sua avó de velha coroca, o narrador descreve: “Dona Carochinha botou-lhe a língua, uma língua muito magra e seca. E retirou-se furiosa da vida, a resmungar que nem uma negra beiçuda”.
O imaginário “Lobatiniano” transmitido pela personagem Narizinho e através das observações do narrador nos mostra um olhar histórico sobre a literatura infantil. Percebemos um mundo mágico no qual as palavras têm o poder de nos envolver e transportar para um lugar que não é só fantástico, mas também real, ao mesmo tempo porque se pode viver, imaginar, sentir, aprender e sonhar.

Por Rafaela Lotici Gonçalves da Silva