segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

               Ninguém é de Ninguém- Zíbia Gasparetto


Por Aline Santina Kellner (UFFS/LETRAS)


     Ninguém é de Ninguém conta a história do casal Roberto e Gabriela. Roberto nunca concordou que a esposa continuasse trabalhando após o casamento, mas depois de ter sido traído por seu sócio viu-se sendo sustentado por ela. Entrou em depressão, atraindo muitos espíritos infelizes e passou a sentir um ciúme doentio da esposa, levando a uma desestruturação familiar e a uma tragédia que afetou suas vidas para sempre.

     Neste livro vemos muitas loucuras em nome do amor, ou melhor dizendo do falso amor e todos aprendem de formas inusitadas e através de duras lições, Gabriela cuida da casa dos filhos e ainda trabalha fora no entanto seu marido Roberto nunca esta satisfeito sempre querendo que a esposa cumpra seu papel de domestica e cuide apenas dos filhos, até que um golpe que ele leva de seu sócio faz com que ele perca todo o dinheiro e passe a viver as custas da esposa o que para ele é pior que a morte, tudo na vida dele começa a ser só lamuria, sofrimento, tristeza. 
    No começo sua esposa compreende, mas depois de um tempo ela começa a querer e exigir que ele reaja levante a cabeça e continue a vida. No entanto ele não consegue e só pensa em vingança, na triste situação em que se encontra mas sem nada fazer para mudar, começa a ter um ciúme possessivo da mulher e não percebe que com essa atitude "ele" é quem a esta afastando dele próprio, chegando a se juntar a esposa do chefe de Gabriela uma mulher maluca que morre de ciúmes do marido por pensar que ele e Gabriela têm um caso numa trágica cena. 

domingo, 13 de dezembro de 2015

Ensaio sobre a cegueira - José Saramago

Por: Aline Holdefer
  
    Reconhecido por seu estilo próprio e inovador de escrever, José Saramago traz à tona na obra Ensaio sobre a cegueia a transformação social a partir do alastramento de uma epidemia de cegueira branca. Todo o enredo se passa numa cidade, a qual em nenhum momento tem seu nome mencionado. Assim como o espaço, os personagens não são nomeados, apenas identificados por alguma característica física (Menino estrábico), pela profissão (Médico) ou ainda pela consequência de algum ato (Cego ladrão). Quando as autoridades começaram dar atenção ao caso, resolveram isolar os cegos contaminados em um manicômio, a fim de observá-los (período de quarentena).
A cegueira apresentada pelo autor é vista como uma metáfora, já que ela não é inserida na história para se chegar a uma solução dessa epidemia, mas sim para mostrar o comportamento dos seres humanos e a sua luta pela sobrevivência sem ver as coisas. Em decorrência disto, observa-se em sua grande maioria, a constituição de uma sociedade individualista e selvagem. Com exceção da mulher do medico todos os personagens ficaram cegos, sendo assim é possível verificar através da figura desta personagem a esperança de que a humanidade ainda não está perdida, pois ainda existem pessoas que se preocupam com o próximo e que não almejam benefícios só para si.
Publicado em 1995, Ensaio sobre a cegueira retrata muitas coisas atuais, já que muitas vezes fingimos estar cegos diante de certos problemas na nossa sociedade deixando de reparar na sua gravidade. Para finalizar, cabe destacar o que próprio Saramago diz quando afirma que “talvez os nossos olhos vejam, mas a nossa razão esteja cega” (2013, p. 42).

Boa leitura! 

Referências bibliográficas
SARAMAGO, José. Da estátua à Pedra e Discursos de Estocolmo. Belém: Ed. UFPA, 2013.
SARAMAGO, José. Ensaio sobre a cegueira. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

sábado, 12 de dezembro de 2015

A hora da estrela - Clarice Lispector









A HORA DA ESTRELA 

                                              Clarice Lispector


O romance narra as desventuras de Macabéa, uma moça sonhadora e ingênua, recém-chegada do Nordeste ao Rio de Janeiro, às voltas com valores e cultura diferentes. Macabéa leva uma vida simples e sem grandes emoções. Começa a namorar Olímpico de Jesus, que não vê nela chances de ascensão social de qualquer tipo. Assim sendo, abandona-a para ficar com Glória (colega de trabalho de Macabéa), cujo pai era açougueiro, o que sugeria ao ambicioso nordestino a possibilidade de melhora financeira.                                                                       Sentindo dores constantes, Macabéa vai ao médico e descobre que tem tuberculose, mas não conta a ninguém. Glória percebe a tristeza da colega e a aconselha a buscar consolo numa cartomante. Madame Carlota prevê um futuro feliz, que viria de um estrangeiro que ela conheceria assim que ela saísse daquela casa, homem louro com quem casaria. De certa forma, é o que acontece: ao sair da casa da cartomante, Macabéa é atropelada por uma Mercedes amarela guiada por um homem louro e cai no asfalto, onde morre.


                                                                         Boa leitura!

  Por : Ramunielly Bonatti

Dejemos hablar al viento - Juan Carlos Onetti





Dejemos hablar al viento
                                                     Juan Carlos Onetti


Dejemos hablar al viento cierra el ciclo narrativo que gira en torno a esa ciudad perdida llamada Santa María, un espacio m
ítico cuyos moradores alimentan gran parte de la producción novelística de Onetti y uno de los grandes universos novelescos de este siglo en lengua española. En Dejemos hablar al viento se cuentan las desventuras íntimas de Medina, comisario doblegado por la desidia y el alcohol, médico frustrado y pintor amparado por una prostituta, que representa de un modo simbólico la condición humana, sometida al fracaso y a la desolación. "En este libro... escrito con una libertad tan rara, tan radical, que se parece mucho al flujo impremeditado de la imaginación, del capricho y del sueño, hay arranques de una clarividencia afirmativa e irritada, de una exasperación moral y política que sin duda tienen mucho que ver con las circunstancias de la vida de Onetti, de su país y de su mundo.
Fonte: <http://www.entrelectores.com/libros/juan-carlos-onetti/dejemos-hablar-al-viento-juan-carlos-onetti>




                                                                                                                                 Por: Mauro Maciel

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Todos os Nomes - José Saramago

Sugestão de Leitura

Todos os Nomes - José Saramago

A obra todos os nomes foi publicada em 1997, o protagonista é José, (o único personagem da obra que possui nome), um homem de meia idade, auxiliar de escrita sem a menor expressão, muito dedicado ao seu trabalho e que mora em uma casa geminada à Conservatória Geral do Registo Civil, onde trabalha. Cultiva a mania de colecionar notícias de jornais e revistas sobre gente famosa. Um dia reconhece a falta, nas suas coleções a partir das pastas existentes na Conservatória, de informações exatas sobre o nascimento (data, naturalidade, nome dos pais, etc.) dessas pessoas. Ao completar os dados dos personagens de sua coleção, ele encontra um verbete com o nome de uma mulher, completamente desconhecida. A partir daí, parte em uma busca incansável para descobrir quem é essa mulher, o que acaba por afetar sua maneira de ser e sua identidade se (re)constrói. A história se passa por diversos lugares, sendo os quatro principais: a Conservatória, a escola, a cidade e o cemitério. A Conservatória e o cemitério são os espaços onde é registrado o que a sociedade julga importante a passagem do homem por este mundo as aspectos da vida e a morte. Tanto a Conservatória como o Cemitério tenham fachadas iguais, podendo ainda ambas ter como divisa "Todos os Nomes". Porém esse fato não parece ser suficiente para encerrar a trajetória dessa personagem. O leitor assim como a personagem de José se surpreende com o final da história. Acatando uma sugestão de seu próprio Chefe, o Sr. José volta a Conservatória e ele fará reviver, por meio de um falso registro, a mulher que motivou todas as suas ações, do mesmo modo que uma falsa credencial foi o primeiro índice crucial para sua trajetória de investigação. A partir dessa ação se percebe que o enredo é um romance cíclico.
Trechos da obra:
“Conheces o nome que te deram, não o nome que tens” (Livro das Evidências).
“Tinha procurado a mulher desconhecida por toda a parte, e veio encontrá-la aqui, debaixo daquele montículo de terra que as ervas bravas não tardarão a tapar A mulher está, pois, ali, fecharam-se para ela todos os caminhos do mundo, andou o que tinha de andar, parou onde quis, ponto final, porém o Sr. José não consegue libertar-se duma ideia fixa, a de que mais ninguém, a não ser ele, poderá mover a derradeira pedra que ficou no tabuleiro, a pedra definitiva, aquela que, se for movida na direcção certa, virá a dar sentido real ao jogo, sob pena, não o fazendo, de o deixar empatado para a eternidade”.  SARAMAGO, 1997 (p.235-236).
Sobre o escritor
José Saramago possui um estilo próprio de escrever, principalmente pela sua pontuação dentro da obra, visto que visualiza a história com um distanciamento do discurso conhecido o que possibilita sua persuasão crítica na qual combina o gênero ensaio e romance perpassando a fronteira entre realidade e ficção.
                                      Boa Leitura!

                                                                                                       Por: Rafaela Lotici Gonçalves da Silva