quinta-feira, 2 de julho de 2015

Guerra dos Mascates José de Alencar

 Guerra dos Mascates
            O livro “Guerra dos Mascates”, escrito por José de Alencar, retrata através da literatura uma rebelião ocorrida em Pernambuco entre os anos de 1710 e 1711, que envolveu as cidades de Olinda e Recife. Em que as causas da guerra foram a disputa pelo controle do poder político em Pernambuco, a crise econômica em Olinda, o favorecimento da coroa portuguesa aos comerciantes de Recife. 
            Em 1710, a atmosfera era de tensão entre as duas cidades pernambucanas, neste ano os olindenses invadiram Recife dando início a Guerra dos Mascates. Primeiramente os olindenses levaram vantagem, mas em 1711 os recifenses revidaram. A guerra terminou em 1711 após a coroa portuguesa nomear, para governador de Pernambuco, Félix José Machado.
            As consequências da guerra: O governador de Pernambuco ordenou a prisão dos principais líderes do movimento, a autonomia de Recife permaneceu após o conflito, e em 1712, Recife tornou-se a sede administrativa de Pernambuco.
            O livro relata através de memórias a história da disputa que aconteceu nos dois estados brasileiros por poder econômico e político. O narrador enlaça ao decorrer da trama a memória com a história.


 Por: Rafaela Lotici Gonçalves da Silva
              


Iracema José de Alencar


Livro Iracema, de José de Alencar  

“Iracema” é considerado um dos mais belos romances da literatura brasileira e é também um representante de peso da primeira geração romântica, o indianismo. Na obra, José de Alencar conta a complicada trajetória da história de amor entre um estrangeiro, Martim, e a virgem dos lábios de mel, Iracema, guardiã dos segredos da jurema.
Pode parecer uma leitura complicada, pelo vocabulário repleto de expressões indígenas, que o autor faz questão de utilizar e que dão um ar todo de poesia à obra. Porém, ao começar a ler as primeiras páginas do livro, é inevitável a viagem que fazemos para as florestas brasileiras do período da colonização, através das imagens e sons que o autor é capaz de descrever.

Se você ainda não leu “Iracema” e ficou curioso, corra pra biblioteca, ou livraria, mais próxima e delicie-se com esse belo “poema em prosa” (como o definiu Machado de Assis). E se você já leu, não deixa o livro empoeirar, não, afinal, vale à pena ler de novo!
Por Ana Paula Ghizzo Alves

O Sertanejo José de Alencar


                          O Sertanejo           José de Alencar

Nos primeiros capítulos do livro o narrador apresenta primeiro a paisagem do sertão, para depois aparecer com o personagem principal e enredo.
A história de O sertanejo se passa no nordeste e tem como personagem-narrador Severino, uma pessoa que tenta se definir ao longo da obra mas não consegue, então passa a ser uma figura genérica que representa o povo daquela região. Ele é representante de um povo sofrido, que luta contra a fome, sede e miséria.
O personagem principal é Arnaldo Loureiro, um vaqueiro cearense, simples, mas que luta pelo que quer e enfrenta tudo pelo amor e seus ideais. O vaqueiro trabalha para o capitão-mor, de nome Arnaldo Campelo. Arnaldo enfrenta todos os riscos necessários com a esperança de um dia conquistar a simpatia da meia irmã do capitão-mor, Dona Flor.
Arnaldo é descrito ao longo da obra como arredio, simples e bom. Chega a ser uma figura misteriosa, atenta a todos os pedidos de seu patrão e se mostrando um funcionário exemplar, ele tem o hábito de dormir no alto de arvores na mata. Sua submissão é reconhecida como digna. O único rival de Arnaldo se chama Marcos Fragoso, e Dona Flor é prometida para Leandro barbilho. No dia do casamento, inimigos do capitão-mor surgem, acontece um tiroteio onde Leandro Barbilho morre. Arnaldo tenta consolar Flor enquanto ela lamenta. A história acontece no sertão de Quixeramobim, Ceará.
No final o capitão-mor reconhece a bravura e dignidade de Arnaldo, e permite que ele use seu sobrenome, Campelo.
Por Mauro Maciel

Lucíola José de Alencar

     Lucíola 
                                           José de Alencar

Lucíola, ficção urbana  trata-se do  romance que viveram Lúcia uma cortesã e Paulo  um jovem que chega ao Rio de Janeiro em 1855.
Essa obra de José de  Alencar  foi publicada em 1862, possui uma crítica da sociedade. Crítica esta que não se faz apenas através do relato do narrador, mas como também está presente indiretamente através das atitudes e valores mostrados pelos personagens. Lucíola apresenta uma transgressão à visão romântica da mulher amada – Lúcia não é submissa, ao contrário, é excêntrica e com vontades. Porém, no desfecho, apresenta atitudes tipicamente da visão romântica, e seu ápice acontece na morte de Lúcia, tendo em vista que não há salvação para uma mulher cortesã, a não ser a morte. 
 Super recomendo a leitura, pois esses traços de idealismos românticos se desfazem e são retomados ao mesmo tempo. Pois nessa época  a sociedade burguesa brasileira é marcada por costumes enraizados e de aparências, onde a mulher deveria ser pura e o homem ser cortês. 
  
Por Ramunielly Bonatti

Senhora José de Alencar

Senhora
José de Alencar

O romance acontece na capital do Rio de Janeiro no século XIX e é marcado pela forte influencia da sociedade no desenrolar da história. A narrativa conta um drama de amor, que é marcado e prejudicado pelos costumes da época. A sociedade de certa forma é tida  como a grande vilã, com seus hábitos doentios, costumes imorais tudo gira em torno do dinheiro.
Os protagonistas da obra são Aurélia e Fernando Seixas, ele era um jovem pobre que trabalhava como jornalista e  que vivia com sua mãe e irmã e fazia de tudo para ter uma boa vida com festas e sociedade.
O amor dos dois nasceu quando ainda eram pobres, mas devido o interesse em subir na vida, Fernando aceitou  se casar por dinheiro, o que na época era comum na sociedade,  casar pr dinheiro e a moça ter uma casamento também era importante.
Aurélia era linda, e apesar de ser apaixonado por ela Fernando não quis se casar porque ela era pobre.  Após receber a proposta de um dote pelo pai de Adelaide para que ele se casasse com a mesma, e ele aceita.
Aurélia então fica rica ao receber uma herança de seu avô paterno e resolve “comprar” um marido e o escolhido foi Seixas, que com um dote irrecusável aceitou se casar com Aurélia, sem saber que era ela a noiva.
Após o casamento, Aurélia impõe suas vontades e deixa claro que Seixas foi comprado, e o casamento foi apenas por conveniência, mesmo se amando os dois conviviam apenas nas aparências.
Aurélia costumeiramente humilhava Seixas, e onze meses após o casamento ele consegue o dinheiro necessário para desfazer o casamento. Conseguindo pagar a Aurélia pelo seu dote, na hora da despedida Aurélia confessa seu amor implora pelo amor de Fernando, ele acha que o dinheiro dela destruiu a felicidade dos dois, mas no entanto ela comprova que ainda  ama e o clássico final feliz acontece.
É possível ver no livro que a sociedade burguesa aristocrática era movida pelo dinheiro, personagens eram movidos pelo dinheiro, e só com o mesmo podiam comprar tudo  que fosse necessário para viver inclusive o amor.
(...“ Oh! Ninguém o sabe melhor do que eu, que espécie de amor é esse, que se usa na sociedade e que se compra e vende por uma transação mercantil, chamada casamento!... o outro, aquele que sonhei outrora esse bem sei que não o dá todo o ouro do mundo! por ele, por um dia, por uma hora dessa bem aventurança, sacrificaria não só a riqueza, que nada vale, porém minha vida e creio que minha alma.” Pg. 153...)


ALENCAR. José de, Senhora – Editora Martin Claret, São Paulo - 5º Reimpressão – 2011




Tania Santor 

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Memórias Póstumas de Brás Cubas-Machado de Assis

Por João Carlos Rossi(PIBID/LETRAS/UFFS)

O fundador da Academia Brasileira de Letras, Machado de Assis, é o escritor do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas. O Romance aborda a história de um homem rico que narra sua existência, postumamente.
Brás Cubas, na sua infância, era conhecido como “o menino diabo”, por ser muito atrevido. Na sua juventude, Brás Cubas embarca em vários relacionamentos, inclusive com uma prostituta de luxo, Marcela, se envolve com a filha da Dona Eusébia, com Virgília, mas não obtém êxito com nenhuma.
Tanto quanto suas frustrações amorosas, Brás Cubas se debruça sobre a vida política, a qual exerce sem sucesso. Além de não ter filhos, termina a narração de sua história póstuma, dividia em 160 capítulos dizendo “não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”. Neste sentido, o livro apresenta uma critica ao existencialismo humano, tratando o leitor (em algumas passagens) de forma irônica, e buscando sensibilizá-lo de forma a estabelecer diálogo entre narrador e leitor (chamando o leitor para leitura em algumas passagens).

A você, leitor interessado em desvendar o mundo Machadiano, o livro encontra-se disponível em domínio público e pode ser feito download através do link: http://machado.mec.gov.br/images/stories/pdf/romance/marm05.pdf

Dona Flor e seus dois maridos - Jorge Amado

Por Simone Walerius




O livro “Dona flor e seus dois maridos” foi escrito por Jorge Amado através de uma história que
haviam lhe contado muito tempo antes de escrever, pois é de uma viúva que se casara novamente mas continuava sonhando com o finado marido. Para compor os traços de Vadinho, o escritor lembrou-se de como era a vida de um amigo boêmio caracterizando o personagem Vadinho como um marido que despertava em sua esposa uma grande paixão, e por ser casado também não deixava a sua verdadeira identidade perdido por dinheiro fácil e conquistador de mulheres. Além do primeiro marido, Dona flor se casa novamente após a morte de Vadinho, desta vez era Teodoro Madureira um farmacêutico que não chegava nem perto de Vadinho, este era certo e honesto. Dona flor era uma mulher muito trabalhadeira que aprendeu conviver com a falta de seu primeiro marido e se casando novamente.


A história foi escrita em Salvador na segunda metade de 1965, o livro foi lançado no ano seguinte, com grande sucesso, por causa do grande humor que o enredo proporcionava aos leitores. Caracterizando a personagem Dona Flor como a segunda mais feminina e marcante do autor, depois de Gabriela. Pois o livro apresenta um triângulo amoroso entre os personagens.