quinta-feira, 2 de julho de 2015

Senhora José de Alencar

Senhora
José de Alencar

O romance acontece na capital do Rio de Janeiro no século XIX e é marcado pela forte influencia da sociedade no desenrolar da história. A narrativa conta um drama de amor, que é marcado e prejudicado pelos costumes da época. A sociedade de certa forma é tida  como a grande vilã, com seus hábitos doentios, costumes imorais tudo gira em torno do dinheiro.
Os protagonistas da obra são Aurélia e Fernando Seixas, ele era um jovem pobre que trabalhava como jornalista e  que vivia com sua mãe e irmã e fazia de tudo para ter uma boa vida com festas e sociedade.
O amor dos dois nasceu quando ainda eram pobres, mas devido o interesse em subir na vida, Fernando aceitou  se casar por dinheiro, o que na época era comum na sociedade,  casar pr dinheiro e a moça ter uma casamento também era importante.
Aurélia era linda, e apesar de ser apaixonado por ela Fernando não quis se casar porque ela era pobre.  Após receber a proposta de um dote pelo pai de Adelaide para que ele se casasse com a mesma, e ele aceita.
Aurélia então fica rica ao receber uma herança de seu avô paterno e resolve “comprar” um marido e o escolhido foi Seixas, que com um dote irrecusável aceitou se casar com Aurélia, sem saber que era ela a noiva.
Após o casamento, Aurélia impõe suas vontades e deixa claro que Seixas foi comprado, e o casamento foi apenas por conveniência, mesmo se amando os dois conviviam apenas nas aparências.
Aurélia costumeiramente humilhava Seixas, e onze meses após o casamento ele consegue o dinheiro necessário para desfazer o casamento. Conseguindo pagar a Aurélia pelo seu dote, na hora da despedida Aurélia confessa seu amor implora pelo amor de Fernando, ele acha que o dinheiro dela destruiu a felicidade dos dois, mas no entanto ela comprova que ainda  ama e o clássico final feliz acontece.
É possível ver no livro que a sociedade burguesa aristocrática era movida pelo dinheiro, personagens eram movidos pelo dinheiro, e só com o mesmo podiam comprar tudo  que fosse necessário para viver inclusive o amor.
(...“ Oh! Ninguém o sabe melhor do que eu, que espécie de amor é esse, que se usa na sociedade e que se compra e vende por uma transação mercantil, chamada casamento!... o outro, aquele que sonhei outrora esse bem sei que não o dá todo o ouro do mundo! por ele, por um dia, por uma hora dessa bem aventurança, sacrificaria não só a riqueza, que nada vale, porém minha vida e creio que minha alma.” Pg. 153...)


ALENCAR. José de, Senhora – Editora Martin Claret, São Paulo - 5º Reimpressão – 2011




Tania Santor 

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