Em O Menino do Pijama Listrado, John Boyne constrói um cenário em que, mesmo em meio ao caos e o horror de uma guerra, a delicadeza e sonhos de uma criança roubam a cena para amplifica um sentimento de tristeza que envolve o período da segunda guerra mundial, com o nazismo conduzido por Adolf Hítler.
Filho de militar alemão, o menino Bruno, através de sua vida, apresenta um ponto de vista diferente de um dos períodos mais negros da sociedade moderna. Junto a sua família acaba indo morar em um centro de concentração nazista, onde vive o ambiente de uma forma diferenciada, construindo uma consistente amizade que o guiará para um fim que apela ao emocional do leitor.
"Você é meu melhor amigo, Shmuel", disse ele. " Meu melhor amigo para a vida toda."(…) E então o cômodo ficou escuro e de alguma maneira, apesar do caos que se seguiu, Bruno percebeu que ainda estava segurando a mão de Shmuel entre as suas e nada no mundo o teria convencido a soltá-la."
Um leitura que flui e que chama a atenção pela inserção de elementos infantis em um contexto histórico perturbante. Por tais característica recomendamos a sua inserção nesse universo que ao mesmo tempo que é ficcional também se faz histórico. E desafiamos aos possíveis leitores a não se emocionarem com desfecho pensado por Boyne, no qual, mesmo fazendo uso do universo infantil, passa longe do felizes para sempre.