segunda-feira, 20 de junho de 2016

O dia do Curinga - Jostein Gaarder


Por: Amanda Tonetto (PIBID - Letras/UFFS)


O livro conta a história de pai e filho que partem da Noruega para a Grécia, terra dos grandes filósofos. Os protagonistas partem para essa viagem pois querem encontrar Anita, mãe de Hans-Thomas, em que ela os abandona para tentar se encontrar e acaba ficando em Atenas por conta de sua imagem invertida:

— Leia o que está escrito! — pedi.
— ATINA — leu meu pai, em voz baixa, e sacudiu os ombros — Isso é grego e significa "Atenas".
—  E você não consegue ver nada além disso? Leia os dizeres de trás para a frente, por favor.
— ANITA — leu ele dessa vez.
[...] Isso significa que ela está aqui, entende? E foi por isso que ela veio para cá: sua imagem invertida a atraiu. Era seu destino, você não entende? (GAARDER, 1996, p. 240, grifo do autor)

O livro também conta com diversas metáforas, entre elas é em relação à carta curinga, em que Hans-Thomas e seu pai são considerados curingas, já que são diferente das outras pessoas que habitam a terra, "são seres únicos", pois eles acham o mundo um mistério. Além disso, o pai do protagonista possui uma gaveta cheia de curingas — ele compra baralhos, separa o curinga e joga fora o restante das cartas — pois ele se acha "descartável" na sociedade, uma figura que não se encaixa em nada, "ímpar", "um curinga é um pequeno bobo da corte [...] É um caso à parte; uma cartas sem relação com as outras." (Idem, p. 76)

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