Por Jessica Leticia Klee rodoy
Este
foi seu primeiro livro publicado. Clarice tinha 19 anos e a
literatura brasileira da época era bem regionalista, com obras que
contavam as dificuldades da realidade social do país. A autora
surpreendeu a crítica, pois - completamente invadora - trouxe uma
problemática de caráter existencial através da personagem Joana -
protagonista que narra a história, por meio de uma fusão temporal
entre presente e passado, em dois planos: a infância e a vida
adulta.
A
infância junto ao pai, a mudança para a casa da tia, a ida para o
internato, a descoberta da puberdade, o professor ensinando-lhe a
viver, o casamento com Otávio. Todos estes fatos passam pela
narrativa, mas o que fica em primeiro plano é o interior de Joana.
Ela parece estar sempre em busca de uma revelação. Inquieta,
analisa instante por instante, entrega-se àquilo que não
compreende, sem receio de romper com tudo o que aprendeu e
inaugurar-se numa nova vida.
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