terça-feira, 3 de novembro de 2015

Dom Casmurro - Machado de Assis



Por Pamela Tais Clein (PIBID - Letras/UFFS)



A narrativa de Dom Casmurro é feita em primeira pessoa por Bento Santiago, a qual é interrompida a todo momento por pensamentos ou lembranças fragmentadas. A narração relata a história de um homem envelhecido que parece preencher sua solidão com a recordação de um passado que marca seu sofrimento pessoal.
A história se passa por volta de 1857, na cidade do Rio de Janeiro. O narrador realiza uma trajetória pelos bairros e ruas do Rio, desde o Engenho Novo, onde escreve sua obra, até a Rua de Matacavalos, onde passou sua infância e conheceu Capitu (Capitolina). Bentinho e Capitu casam-se em 1865 e separam-se 1872. Depois de alguns anos tentando ter um filho, Capitu dera à luz Ezequiel, cujo nome é uma homenagem ao melhor amigo de Bentinho, Ezequiel Escobar, a quem conheceu quando estudaram juntos no seminário. Bento enxerga no filho a figura do amigo recém-falecido, afogado na praia, e fica convencido de que fora traído pela mulher. Desde muito cedo Bentinho demonstrava sentir ciúmes doentios, tal qual fora convencido por José Dias que a amada Capitolina tinha "olhos de cigana oblíqua e dissimulada".
Após inúmeras discussões, o casal decide separar-se e o protagonista se torna, pouco a pouco, o amargo Dom Casmurro. Capitu morre no exterior e Ezequiel tenta reatar relações com ele, mas a semelhança extrema com Escobar faz com que Bento Santiago continue rejeitando-o. O narrador parece menosprezar um pouco a própria obra e convence-se de que o melhor a fazer agora é escrever outro livro.

Boa Leitura!

Nenhum comentário:

Postar um comentário