Por Pamela Tais Clein (PIBID - Letras/UFFS)
Clarice
Lispector nos apresenta em
sua obra, a personagem
Lucrécia Neves, que habita o subúrbio de São Geraldo. Lucrécia
descreve a cidade da forma que a
vê naquele momento fala
dos cavalos que ali
circulavam puxando as carroças, das
ruas estreitas e escuras,
do cheiro do campo
e do silêncio sepulcral.
Com
seus fluxos de consciência
mergulhados em sonhos,
essa jovem desejas sair daquele lugar sufocante, aguardava
um pretendente para com ela casar-se,
sendo que este, devia
ser rico, pois além de sonhadora ela era ambiciosa.
Primeiramente,
namorou Felipe, integrante
da cavalaria do exército, ele fazia seu tipo. No entanto, mantinha
ao mesmo tempo um caso com Perseu, este aos
olhos de Lucrécia
descrevia-se
sendo um
homem belo, educado, mas também um fraco, decidiu
assim, afastar-se
dos dois.
Conheceu
enfim, Mateus homem rico da metrópole com quem se casou, livrando-se
deste modo, do lugar que
a sufocava. Na grande
metrópole frequentava festas e
o teatro. Ela não
entendia o marido porém
o amava, cansada
da cidade grande decide voltar ao subúrbio sendo
acompanhada por seu
marido, mais tarde ele
veio
a falecer e
Lucrécia encontrou-se
sozinha.
Viúva,
ali estava em São Geraldo, local em que os cavalos não mais
circulavam e davam espaço aos bondes, viadutos, e o cheiro de campo
fora levado para longe, e
a modernidade, por fim, se fazia presente.
Lucrécia
mais uma vez, almeja
mudar-se
daquele lugar, recebe então uma carta de sua mãe, dona
Ana a qual dizia: que
um homem bom se interessara por ela, assim
encantada pelo
pretendente, mais uma
vez foi embora de São
Geraldo.
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