quinta-feira, 18 de junho de 2015

Quincas Borba de Machado de Assis

Por Pamela Tais Clein (PIBIB -Letras/UFFS)


Esta obra, trata da história de Rubião, enfermeiro o qual tinha um grande amigo chamado Quincas Borba, um filósofo dono de uma grande fortuna. Após sua morte, Rubião descobre que herdou uma fortuna do amigo, com a condição que ele cuidasse de seu cachorro que tinha o mesmo nome de seu dono, e que nunca o deixasse faltar nada, que após sua morte este cão recebesse um enterro digno, por ter sido o fiel companheiro de Quincas Borba.
Enriquecido, Rubião decide mudar-se de Barbacena para o Rio de Janeiro, e na sua viagem conhece um casal, Cristiano e sua bela esposa Sofia, o qual se tornaram amigos de Rubião. Assim nasce o interesse de Rubião por Sofia, o qual, durante um baile se declara para a amada, ela imediatamente conta o acontecido ao marido, o qual lhe dá instruções que alimente este amor em troca dos benefícios da fortuna de Rubião. Então uma sociedade é composta pelos dois amigos, não dando certo é desfeita. Pela segunda vez Rubião se declara a Sofia, dizendo ser Napoleão III, ela então percebe sua demência. Os Palha aproveitando da situação assumem a responsabilidade de cuidar do doente e de seus bens.
Como providência, pelo aumento da perda de consciência, encaminham Rubião a um hospício. Ele então, consegue fujir deste ambiente indesejável, e com seu cão retorna a Barbacena. A vagar pelas ruas, sem direção, dormindo nas calçadas não se cansava de pronunciar a frase: “ — Ao vencedor, as batatas! — bradava Rubião aos curiosos. Aqui estou imperador! Ao vencedor, as batatas!”, ( pág. 157). Acreditando ser um imperador Francês, morre, e seu cão Quincas Borba, adoeceu, fugindo em busca de seu dono foi encontrado morto na rua 3 dias depois.
Machado de Assis, neste romance publicado em 1892, narrado em 3ª pessoa, nos instiga a refletirmos sobre a ganância sem limites que tornam as pessoas desumanas, que as leva a extrema loucura.


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