Por Pamela Tais Clein (PIBIB -Letras/UFFS)
Esta
obra, trata da história de Rubião, enfermeiro o qual tinha um
grande amigo chamado Quincas Borba, um filósofo dono de uma grande
fortuna. Após sua morte, Rubião descobre que herdou uma fortuna do
amigo, com a condição que ele cuidasse de seu cachorro que tinha o
mesmo nome de seu dono, e que nunca o deixasse faltar nada, que após
sua morte este cão recebesse um enterro digno, por ter sido o fiel
companheiro de Quincas Borba.
Enriquecido,
Rubião decide mudar-se de Barbacena para o Rio de Janeiro, e na sua
viagem conhece um casal, Cristiano e sua bela esposa Sofia, o qual se
tornaram amigos de Rubião. Assim nasce o interesse de Rubião por
Sofia, o qual, durante um baile se declara para a amada, ela
imediatamente conta o acontecido ao marido, o qual lhe dá instruções
que alimente este amor em troca dos benefícios da fortuna de Rubião.
Então uma sociedade é composta pelos dois amigos, não dando certo
é desfeita. Pela segunda vez Rubião se declara a Sofia, dizendo ser
Napoleão III, ela então percebe sua demência. Os Palha
aproveitando da situação assumem a responsabilidade de cuidar do
doente e de seus bens.
Como
providência, pelo aumento da perda de consciência, encaminham
Rubião a um hospício. Ele então, consegue fujir deste ambiente
indesejável, e com seu cão retorna a Barbacena. A vagar pelas ruas,
sem direção, dormindo nas calçadas não se cansava de pronunciar a
frase: “ — Ao vencedor, as batatas! — bradava Rubião aos
curiosos. Aqui estou imperador! Ao vencedor, as batatas!”, ( pág.
157). Acreditando ser um imperador Francês, morre, e seu cão
Quincas Borba, adoeceu, fugindo em busca de seu dono foi encontrado
morto na rua 3 dias depois.
Machado
de Assis, neste romance publicado em 1892, narrado em 3ª pessoa, nos
instiga a refletirmos sobre a ganância sem limites que tornam as
pessoas desumanas, que as leva a extrema loucura.
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